segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sociedades tribais

ETNOCENTRISMO

Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso grupo é o centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No etnocentrismo, há dois planos do espírito humano que é o sentimento e pensamento - vão juntos compondo um fenômeno não apenas composto na história das sociedades. Utilizando como uma espécie de plano de fundo da questão etnocêntrica tem a experiência de um choque cultural. De um lado, conhecemos um “grupo do eu", um grupo que não é parecido fisicamente mas que faz as mesmas coisas , conhece problemas do mesmo tipo, um grupo que come as come as mesmas coisas, acredita nos mesmos deuses, casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma empresta à vida significados em comum e procede, por muitas maneiras, semelhantemente.
E derepente, nos deparamos com um "outro", um grupo extremamente "diferente" que, muitas vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E este outro grupo" também sobrevive à sua maneira, gosta dela, também tem vida e, ainda que diferente, também existe. A diferença é pode ser ameaçadora porque fere nossa própria identidade cultural. O grupo do "eu" faz, então, da sua visão a única possível ou, mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa.
O etnocentrismo passa exatamente por um julgamento do valor da cultura do "outro" nos termos dá cultura do grupo do "eu".
No mais das vezes, o etnocentrismo implica uma apreensão do "outro" que se reveste de uma forma bastante violenta. Como já vimos, pode colocá-lo como "primitivo", como "algo a ser destruído", como "atraso ao desenvolvimento", (fórmula, aliás, muito comum e de uso geral no etnocídio, na matança dos índios).
Na nossa chamada "civilização ocidental", nas sociedades complexas e industriais contemporâneas, existem diversos mecanismos de reforço para o seu estilo de vida através de representações negativas do "outro". O caso dos índios brasileiros é bastante ilustrativo, pois alguns antropólogos estudiosos do assunto já identificaram determinadas visões básicas, determinados estereótipos, que são permanentemente aplicados a estes índios.

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